terça-feira, 23 de outubro de 2018

PRÉ-SIMULADO DE FILOSOFIA - 2º ANO - CEPBN


Prezados alunos.
Disponibilizo o pré-simulado de filosofia para possa servir como um "ensaio" para o simulado da escola que será realizado na próxima sexta-feira.
Recomendo como atividade do 4º bimestre para os alunos que ainda não realizaram em sala de aula. Favor entregar o cartão-resposta na próxima aula. 

1.    "O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)
 Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:
 a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.
 b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e         felicidade.
 c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de auto-conservação.
 d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
 e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

2. Ser caritativo quando se pode sê-lo é um dever, e há além disso muitas almas de disposição tão compassiva que, mesmo sem nenhum outro motivo de vaidade ou interesse, acham íntimo prazer em espalhar alegria à sua volta e se podem alegrar com o contentamento dos outros, enquanto este é obra sua. Eu afirmo porém que neste caso uma tal acção, por conforme ao dever, por amável que ela seja, não tem contudo nenhum verdadeiro valor moral, mas vai emparelhar com outras inclinações, por exemplo o amor das honras que, quando por feliz acaso topa aquilo que efectivamente é de interesse geral e conforme ao dever, é consequentemente honroso e merece louvor e estímulo, mas não estima; pois à sua máxima falta o conteúdo moral que manda que tais acções se pratiquem, não por inclinação, mas por dever.
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 113.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre dever em Kant, é correto afirmar:
a)      Ser compassivo é o que determina que uma ação tenha valor moral.
b)      Numa ação por dever, as inclinações estão subordinadas ao princípio moral.
c)      A ação por dever é determinada pela simpatia para com os seres humanos.
d)      O valor moral de uma ação é determinado pela promoção da felicidade humana.
e)      É no propósito visado que uma ação praticada por dever tem seu valor moral.

3. Na Crítica da razão pura, Kant vincula o sistema da moralidade à felicidade. Assinale a alternativa que explica no que consiste a relação moralidade — subjetividade.
a) A esperança de ser feliz e a aspiração por tornar-se feliz podem ser conhecidas pela razão prática, desde que o fundamento da ação e a norma da conduta sejam a máxima do “não faça aos outros aquilo que não queres que te façam”.
b) A convicção da felicidade humana decorre da certeza de que todos os entes racionais comportam-se com a mais rigorosa conformidade à lei moral, de maneira que cada um age orientado pela sua vontade, ou seja, pela razão prática do arbítrio individual.
c) Quando a liberdade é dirigida e restringida pelas leis morais, é possível pensar na felicidade universal, pois a observância dos princípios morais pode proporcionar não só o bem estar para si, como também ser o responsável pelo bem estar dos outros.
d) A felicidade implica na transcendência do mundo moral, pois somente na esfera sensível é possível o conhecimento pleno das ações humanas, já que somente nesse mundo sensível é possível a conexão entre moralidade e felicidade.

4. “Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si.” (WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes afirmativas:
I.- A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, não segue a razão pura prática.
II-. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal.
III-. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de acordo com o imperativo hipotético.
IV-. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do desejo.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) II e III.
e) II, III e IV.

5. (UEL) "Desde suas origens entre os filósofos da antiga Grécia, a Ética é um tipo de saber normativo, isto é, um saber que pretende orientar as ações dos seres humanos"
Fonte: CORTINA, A.; MARTÍNEZ, E. Ética. Tradução de Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Edições Loyola, 2000, p. 9.
Com base no texto e na compreensão da ética aristotélica, é correto afirmar que a ética:
A. Orienta-se pelo procedimento formal de regras universalizáveis, como meio de verificar a correção ética das normas de ação.
B. Adota a situação ideal de fala como condição para a fixação de princípios éticos básicos, a partir da negociação discursiva de regras a serem seguidas pelos envolvidos.
C. Pauta-se pela teleologia, indicando que o bem supremo do homem consiste em atividades que lhe sejam peculiares, buscando a sua realização de maneira excelente.
D. Contempla o hedonismo, indicando que o bem supremo a ser alcançado pelo homem reside na felicidade e esta consiste na realização plena dos prazeres.
E. Baseada no emotivismo, busca justificar a atitude ou o juízo ético mediante o recurso dos próprios sentimentos dos agentes, de forma a influir nas demais pessoas.

6. (UEL) Ora, nós chamamos aquilo que deve ser buscado por si mesmo mais absoluto do que aquilo que merece ser buscado com vistas em outra coisa, e aquilo que nunca é desejável no interesse de outra coisa mais absoluto do que as coisas desejáveis tanto em si mesmas como no interesse de uma terceira; por isso chamamos de absoluto e incondicional aquilo que é sempre desejável em si mesmo e nunca no interesse de outra coisa".
Fonte: ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Nova Cultural, 1987, 1097b, p. 15.
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a ética de Aristóteles, assinale a alternativa correta:
a) Segundo Aristóteles, para sermos felizes é suficiente sermos virtuosos.
b) Para Aristóteles, o prazer não é um bem desejado por si mesmo, tampouco é um bem desejado no interesse de outra coisa.
c) Para Aristóteles, as virtudes não contam entre os bens desejados por si mesmos.
d) A felicidade é, para Aristóteles, sempre desejável em si mesma e nunca no interesse de outra coisa.
e) De acordo com Aristóteles, para sermos felizes não é necessário sermos virtuosos.

7. "E justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo, e que distribui, seja entre si mesmo e um outro, seja entre dois outros, não de maneira a dar mais do que convém a si mesmo e menos ao seu próximo (e inversamente no relativo ao que não convém), mas de maneira a dar o que é igual de acordo com a proporção; e da mesma forma quando se trata de distribuir entre duas outras pessoas".
Fonte: ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W. D. Ross. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 89.
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a justiça em Aristóteles, é correto afirmar:
a) É possível que um homem aja injustamente sem ser injusto.
b) A justiça é uma virtude que não pode ser considerada um meio-termo.
c) A justiça corretiva deve ser feita de acordo com o mérito.
d) Os partidários da democracia identificam o mérito com a excelência moral .
e) Os partidários da aristocracia identificam o mérito com a riqueza.

8. Aristóteles, ao observar que não existe um consenso a respeito do conceito de felicidade, identifica três modos de vida. Cada modo de vida tem uma percepção distinta a respeito do que é a felicidade. Quais são eles?
a) Vida ética, Vida política, Vida prática;
b) Vida ética, Vida ativa; Vida contemplativa;
c) Vida política; Vida guiada pelo prazer; Vida contemplativa;
d) Nenhuma das alternativas anteriores.

9. A respeito da ética aristotélica, assinale a opção correta.
a) Para Aristóteles, é suficiente que o homem busque o bem de modo universal, sem se preocupar com o modo como o bem pode se dar na viabilidade da ação, que acontece a cada vez na particularidade de cada situação.
b) Em uma perspectiva aristotélica, a virtude da prudência é bastante significativa para reger a vida prática do homem, pois ela possibilita descobrir o que pode conduzir o homem à felicidade. É ela que decide sobre o que é ser valoroso e justo, tanto no nível individual quanto no comunitário-social-político.
c) Para Aristóteles, agir é mais importante que pensar. A vida prática, política, vale mais que a vida teorética, dedicada ao pensamento, à busca da verdade por causa da própria verdade.
d) Na concepção de Aristóteles, a razão tem um significado apenas teorético, ela não tem um papel diretivo na vida prática do homem.
e) Na ética aristotélica, as paixões são necessariamente más e, para o homem conduzir uma vida racional, ele deve anular a força das paixões em sua vida.

10. A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como:
A) busca por bens materiais e títulos de nobreza.
B) plenitude espiritual e ascese pessoal.
C) finalidade das ações e condutas humanas.
D) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
E) expressão do sucesso individual e reconhecimento público.



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