quarta-feira, 25 de abril de 2018

ATIVIDADE EXTRA PARA O 3º ANO (PBN)



ATIVIDADE EXTRA PARA FINALIZAR O 1º BIMESTRE (INDIVIDUAL)

APÓS A EXIBIÇÃO DO FILME DOCUMENTÁRIO “NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR” (Se encontra disponível neste mesmo site), IDENTIFIQUEM QUAIS SÃO OS AGENTES QUE ATUAM FAZENDO USO DA FORÇA DE ACORDO COM A LEI E QUAIS SÃO OS QUE ATUAM DE FORMA ILEGAL. RELACIONE-OS COM OS CONCEITOS DE VIOLÊNCIA LEGÍTIMA E ILEGÍTIMA/DOMINAÇÃO LEGÍTIMA E ILEGÍTIMA E COM A DIFERENÇA ESTABELECIDA ENTRE A VIOLÊNCIA E PODER APRESENTADOS DURANTE O BIMESTRE.
ESTAREI NA ESCOLA NA QUINTA-FEIRA PELA MANHÃ E SEXTA-FEIRA NA PARTE DA TARDE.
ENTREGAR ATÉ SÁBADO PELO EMAIL  MALOTECAZINE@GMAIL.COM

OBS: FAZER UMA CAPA PARA ATIVIDADE. DIGITADO OU MANUSCRITO USAR O BOM SENSO DE DIGITAÇÃO E/OU CALIGRAFIA.

BOM TRABALHO !

segunda-feira, 9 de abril de 2018

TRÊS IMAGENS: RETRATO DE MAX WEBER, TEXTO I E TEXTO II

MAX WEBER

TEXTO I: A VIOLÊNCIA É UMA AÇÃO SOCIAL

WEBER E A COMPREENSÃO DA AÇÃO SOCIAL

A DEFINIÇÃO DE AÇÃO SOCIAL DE MAX WEBER

A ação social, para Max Weber, pode ser dividida em quatro ações fundamentais:

Ação social racional com relação a fins, 
Ação social racional com relação a valores,
Ação social afetiva e 
Ação social tradicional

Na visão de Max Weber, a função do sociólogo é compreender o sentido das chamadas ações sociais, e fazê-lo é encontrar os nexos causais que as determinam. Entende-se que ações imitativas, nas quais não se confere um sentido para o agir, não são ditas ações sociais. Mas o objeto da Sociologia é uma realidade infinita e para analisá-la é preciso construir tipos ideais, que não existem de fato, mas que norteiam a referida análise.

Os tipos ideais servem como modelos e a partir deles a citada infinidade pode ser resumida em quatro ações fundamentais, a saber:


1. Ação social racional com relação a fins, na qual a ação é estritamente racional. Toma-se um fim e este é, então, racionalmente buscado. Há a escolha dos melhores meios para se realizar um fim;

2. Ação social racional com relação a valores, na qual não é o fim que orienta a ação, mas o valor, seja este ético, religioso, político ou estético;

3. Ação social afetiva, em que a conduta é movida por sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc., e

4. Ação social tradicional, que tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos arraigados. (Observe que as duas últimas são irracionais).


Para Weber, a ação social é aquela que é orientada ao outro. No entanto, há algumas atitudes coletivas que não podem ser consideradas sociais. No que se refere ao método sociológico, Weber difere de Durkheim (que tem como método a observação e a experimentação, sendo que esta se dá a partir da análise comparativa, isto é, faz-se a análise das diversas sociedades as quais devem ser comparadas entre si posteriormente). Ao tratar os fatos sociais como coisas, Durkheim queria mostrar que o cientista precisa romper com qualquer pré-noção, ou seja, é necessário, desde o começo da pesquisa sobre a sociedade, o abandono dos juízos de valores que são próprios ao sociólogo (neutralidade), uma total separação entre o sujeito que estuda e o objeto estudado, que também pretendem as ciências naturais. No entanto, para Weber, na medida em que a realidade é infinita, e quem a estuda faz nela apenas um recorte a fim de explicá-la, o recorte feito é prova de uma escolha de alguém por estudar isto ou aquilo neste ou naquele momento. Nesse sentido, não há, como queria Durkheim, uma completa objetividade. Os juízos de valor aparecem no momento da definição do tema de estudo.

Assim foi o seu conviver com a doutrina protestante que influenciou Weber na escrita de “A ética protestante e o espírito do capitalismo”. Para esse teórico, é apenas após a definição do tema, quando se vai partir rumo à pesquisa em si, que se faz possível ser objetivo e imparcial.

Compare-se Durkheim e Weber, agora do ponto de vista do objeto de estudo sociológico. O primeiro dirá que a Sociologia deve estudar os fatos sociais, que precisam ser: gerais, exteriores e coercitivos, além de objetivos, para esta ser chamada corretamente de “ciência”. Enquanto o segundo optará pelo estudo da ação social que, como descrita acima, é dividida em tipologias. Ademais, diferentemente de Durkheim, Weber não se apoia nas ciências naturais a fim de construir seus métodos de análises e nem mesmo acredita ser possível encontrar leis gerais que expliquem a totalidade do mundo social. O seu interesse não é, portanto, descobrir regras universais para fenômenos sociais. Mas quando rejeita as pesquisas que se resumem a uma mera descrição dos fatos, ele, por seu turno, caminha em busca de leis causais, as quais são suscetíveis de entendimento a partir da racionalidade científica.


Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

AÇÃO SOCIAL E OS SEUS TIPOS IDEAIS


Ação Social


A Ação Social é um conceito que Weber estabelece para as sociedades humanas e a essa ação só existe quando o indivíduo estabelece uma comunicação com os outros.

Tomemos o ato de escrever como exemplo. Escrever uma carta certamente é uma ação social, pois ao fazê-lo o agente tem esperança que a carta vai ser lida por alguém. Sua ação só terá significado enquanto envolver outra pessoa. No entanto, escrever uma poesia, na medida em que ela envolve apenas a satisfação ou a expressão das sensações do poeta, não é uma ação social.

Na visão de Weber, a função do sociólogo é compreender o sentido das ações sociais, e fazê-lo é encontrar os nexos causais que as determinam. Assim, o objeto da Sociologia é uma realidade infinita e para analisá-la é preciso construir tipos ideais, que não existem de fato, mas que norteiam a referida análise.

Os tipos ideais servem como modelos e a partir deles a citada infinidade pode ser resumida em quatro ações fundamentais, a saber:

1. Ação social racional com relação a fins, na qual a ação é estritamente racional. Toma-se um fim e este é, então, racionalmente buscado. Há a escolha dos melhores meios para se realizar um fim.

2. Ação social racional com relação a valores, na qual não é o fim que orienta a ação, mas o valor, seja este ético, religioso, político ou estético.
3. Ação social afetiva, em que a conduta é movida por sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc...

4. Ação social tradicional, que tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos arraigados.


Observamos que as duas últimas são irracionais.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

ABORDAGEM SOBRE DOMINAÇÃO LEGÍTIMA. (3º ANO)


O que é poder e dominação para Weber?

Segundo Max Weber (2009, p. 33), “poder significa toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade”. Infere que poder é a oportunidade que uma pessoa ou um conjunto de pessoas tem para impor suas vontades sobre as vontades de outras pessoas na sociedade numa dada situação, mesmo com resistência das mesmas. Este conceito está ligado à dominação, onde há dominantes e dominados.

Weber (2009, p.139) define dominação como “a probabilidade de encontrar obediência para ordens específicas (ou todas) dentro de determinado grupo de pessoas”. Para que haja uma relação autêntica de dominação é necessário um mínimo de vontade de obedecer às ordens de alguém; de um interesse na obediência, seja este interno ou externo.

Qual a diferença de dominação legítima para a ilegítima?

Para Weber em determinadas circunstâncias alguém esta investido de uma autoridade que é reconhecida e legitimada individual ou coletivamente. A este poder legitimado Weber chama de legítima relação de mando de dominação. Segundo ele poder e dominação são as duas faces da mesma moeda.

Poder e a capacidade que alguém tem de impor a sua vontade sobre outros. Por sua vez, dominação e a probabilidade de que estes outros obedeçam às ordens dadas, isto é, esses outros aceitam e, por isso legitimam as ordens dadas por alguém. Por isso Weber fala em dominação legítima.

Às vezes fala em dominação e às vezes fala em autoridade. Então a dominação legítima esta para a autoridade assim como a dominação ilegítima esta para o autoritarismo.

Ao contrário do autoritarismo que é imposição pura e simples, autoridade é a capacidade de direção fundamentada no consenso e a aceitação. Qual é o fundamento da legitimidade da dominação ou por que a dominação é legítima? Segundo Weber existem três tipos puros de dominação legítima:

Tradicional: Se estabelece “em virtude da crença na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais de há muito existentes”. Laços de fidelidade que se estabelecem entre senhor e súdito. Sociedade patriarcal, coronelismo.

Carismática: Formas de exercício do poder típicas dos momentos de crise são vistos como personalidades extraordinárias, portadores de qualidades sobrenaturais ou excepcionais, cujas ações revolucionam o curso da evolução de civilizações inteiras. A legitimidade da autoridade carismática se baseia no fato de todos acreditarem na autenticidade da missão do líder. Ex. profetas religiosos (JESUS CRISTO, Maomé) ou lideres políticos (Napoleão).

Racional-legal: O indivíduo que exerce esse tipo de autoridade, o faz em nome de regras impessoais que foram conscientemente instituídas em nome de um debate coletivo. E racional porque tende a expressar o esforço coletivo de estabelecer, a partir de critérios racionais, normas as quais todos devem obedecer. E legal porque estas normas são expressas em leis.

Podemos encontrar em um dado fenômeno apenas um tipo de dominação?

"A dominação é fato decorrente da origem do mundo, sempre haverá algo a ser dominado e liderado. Desde a relação entre os animais até os seres humanos, os indivíduos necessitam de um “ser” poderoso para guiá-los, orientá-los e dominá-los. A dominação é algo permanente, sempre existirá, até mesmo por que é fundamental.Os tipos de dominação seguirão vivos nas mais variadas formas, a legal na hierarquia das empresas, a tradicional, mesmo apesar dos tempos modernos, ainda permanecerá no comando exercido pelo pai ou pela mãe nas famílias, e os carismáticos sempre presentes nas novas e antigas religiões" [2]. O que podemos observar como por exemplo no caso do pai e filho citado no texto, é que ocorre uma dominação tradicional porém que não deixa de ser também uma dominação legal, pois enquanto o filho é menor de idade ele é dominado pelos pais. Outro exemplo é o caso do homem que é submisso à Deus, que sofre uma dominação carismática, mas que também não deixa de ser uma dominação tradicional a partir do ponto em que tal submissão à Deus seja algo cultural. O que concluímos então é que quanto maior interação do fenômeno com elementos de ação social (ou seja com ações de outras pessoas que influenciem diretamente na sua) é aceitável dizer que a dominação predominante determina as características do fenômeno, no âmbito da avaliação da dominação presente, no entanto, alguns traços conectados podem ser averiguados de outros tipos de dominação, como no exemplo da questão de Deus, em um aspecto de dominação carismática, mas tendo em conta que a cultura influência via dominação tradicional, esta última no entanto não é a norteadora do fenômenos ou da dominação que afeta o indivíduo diretamente.

Como Weber define o Estado?

Weber define o Estado de maneira sociológica como estrutura ou o agrupamento político que reivindica, com êxito, o monopólio do constrangimento físico legítimo, ou seja, o direito de uso de força. Deve-se conceber o Estado contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinado território – a noção de território corresponde a um dos elementos essenciais do Estado – reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. Assim, o Estado se torna a única fonte de “direito” à violência. Recorremos ao Estado para saber se temos o direito de usar a violência.

Weber também observou que se a violência não existisse em nas estruturas sociais, o conceito de Estado teria desaparecido e teria dado lugar ao que chamamos de anarquia. Segundo Weber, o verdadeiro domínio encontra-se no Estado Moderno, o qual na aplicação diária da Administração, necessária e inevitavelmente nas mãos do funcionalismo seja militar ou civil.

O que é ação social?

Weber, por meio de um dos capítulos de seu livro Sociologia, abordou sobre dominação legítima, onde se estabeleceu uma definição para ação social. "A definição mais aceita de ação social é aquela que a defende como uma ação que é orientada pelas de ações de outros"[3]. Analisando as proposições de Weber para essa orientação com relação direta com a ação de outros, temos que a ação social é todo comportamento cuja origem depende da reação ou da expectativa de reação de outras partes envolvidas. "Essas outras partes podem ser indivíduos ou grupos, próximos ou distantes, conhecidos ou desconhecidos por quem realiza a ação" [3].

"A ideia central da ação social é a existência de um sentido na ação: ela se realiza de uma parte (agente) para outra. É uma atitude sobre a qual recai ao menos um desejo de intercâmbio, de relacionamento. Como toda relação social , é determinada não só pelos resultados para o agente, mas também pelos efeitos (reais ou esperados) que pode causar ao outro. Uma divisão clara entre ações que podem e não podem ser consideradas como sociais é impossível de ser feita. Na verdade, para entendermos se uma ação é social devemos prestar atenção no contexto em que ela ocorre. A mesma ação pode ora ser classificada como social, ora não. Tomemos o ato de escrever como exemplo. Escrever uma carta certamente é uma ação social, pois ao fazê-lo o agente tem esperança que a carta vai ser lida por alguém. Sua ação só terá significado enquanto envolver outra pessoa. No entanto escrever uma poesia, na medida em que ela envolve apenas a satisfação ou a expressão das sensações do poeta, não é uma ação social (v. individualismo ) . A reação dos outros ao seu conteúdo não foi levada em conta para sua construção. Ainda que a carta se extravie e ninguém a leia, escrevê-la continua sendo uma ação social porque ao agente continua interessando a reação do (neste caso inexistente) leitor. Enquanto isso, um poema será entendido como produto de uma ação social apenas se ao escrevê-lo o poeta já tinha em mente mostrá-lo a outras pessoas e provocar com isso alguma manifestação. Portanto dependendo da situação em que é feita, uma ação pode ser tratada apenas em parte como social" [3].

Em suas definições, principalmente no âmbito das dominações legítimas, conteúdo este que tem capítulo exclusivo em seu livro Sociologia, Max Weber diferenciou alguns tipos de ações sociais:

Ações racionais: ações tomadas com base nos valores do indivíduo, mas sem pensar nas consequências e muitas vezes sem considerar se os meios escolhidos são apropriados para atingi-lo.

Ações instrumentais: ações planejadas e tomadas depois de avaliado o fim em relação a outros fins, e após a consideração de vários meios (e consequências) para atingi-los. Um exemplo seria a maioria das transações econômicas

Ações afetivas: ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar sentimentos pessoais. Como exemplos, comemorar após a vitória, chorar em um funeral seriam ações emocionais.

Ações tradicionais: ações baseadas na tradição enraizada. Um exemplo seria relaxar nos domingos e colocar roupas mais leves. Algumas ações tradicionais podem se tornar um artefato cultural.

"Na hierarquia sociológica, a ação social é mais avançada que o comportamento, ação e comportamento social, e é em sequência seguida por contatos sociais mais avançados, interação social e relação social" [4].

"Essa classificação baseia-se em modelos ideais, cujos exemplos puros raramente podem ser encontrados na sociedade. Muitas vezes são vários os motivos de uma ação, o que cria a possibilidade dela ser incluída em mais de um daqueles tipos. O caso de um professor é bem ilustrativo dessa complexidade: sua atitude de dar aula pode ser determinada pelo seu desejo receber o salário (ação com relação a fins), como também pela importância que ele atribui a educação (ação com relação a valores) ou ainda pelo prazer que ele sente ao ver seus alunos aprenderem (ação afetiva), ou ainda porque toda a sua família é composta de professores e ele sempre viveu no meio educacional (ação tradicional)" [3].

Referências Bibliográficas:
WEBER, Max. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. 4. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2009, vol. 1.
MALISKA, Marcos Augusto. Max Weber e o Estado Racional Moderno. Revista Eletrônica do CEJUR, v. 1, n. 1, ago./dez. 2006.
[1] AMARAL, Lyrio Ernesto Nunes do. Resumo de Sociologia - Max Weber. Disponível em: < http://lyrioamaral.blogspot.com.br/2010/04/resumo-de-sociologia-max-weber.html >. Acesso em: 10/04/2012.
[2] CERIOLI, Diego. Os Três Tipos de Dominação Segundo Max Weber. Disponível em: <  http://www.artigonal.com/noticias-e-sociedade-artigos/os-tres-tipos-de-dominacao-segundo-max-weber-1284076.html >. Acesso em: 10/04/2012.
[3] Ação Social. Disponível em: < http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/acao-social.html >. Acesso em: 11/04/2012.
[4] Ação Social. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_social >. Acesso em: 11/04/2012.