Vamos refletir sobre esta forma precária de trabalho que é o
trabalho escravo no século XXI?
1. Leia o seguinte relato:
A pele de Manuel se transformou em couro, curtida anos a fio
pelo sol da Amazônia e pelo suor de seu rosto. No Sudeste do Pará, onde boi
vale mais que gente, talvez isso lhe fosse útil. Mas acabou servente dos
próprios bois, com a tarefa de limpar o pasto. “Fizeram açude para o gado beber
e nós bebíamos e usávamos também.” Trabalhava de domingo a domingo, mas nada de
pagamento, só feijão, arroz e a lona para cobrir-se de noite. Um outro tipo de
cerca, com farpas que iam mais fundo, o impedia de desistir: “O fiscal de
serviço andava armado. Se o pessoal quisesse ir embora sem terminar a tarefa, eles
ameaçavam, e aí o sujeito voltava.”
OIT. TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL XXI. Coord. do
estudo, Leonardo Sakamoto. Brasília: Organização Internacional do Trabalho,
2007 . Pág.17
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