Prezados alunos.
Disponibilizo o pré-simulado de filosofia para possa servir como um "ensaio" para o simulado da escola que será realizado na próxima sexta-feira.
Recomendo como atividade do 4º bimestre para os alunos que ainda não realizaram em sala de aula. Favor entregar o cartão-resposta na próxima aula.
1.
"O imperativo categórico é, portanto só um
único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo
querer que ela se torne lei universal."
(KANT, Immanuel. Fundamentação da
metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p.
59.)
Segundo essa formulação do imperativo
categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:
a) Privilegia os interesses particulares em
detrimento de leis que valham universal e necessariamente.
b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao
egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.
c) É determinada pela lei da natureza, que tem
como fundamento o princípio de auto-conservação.
d) Está subordinada à vontade de Deus, que
preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
e) A máxima que rege a ação pode ser
universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo
da humanidade.
2. Ser caritativo quando se pode
sê-lo é um dever, e há além disso muitas almas de disposição tão compassiva
que, mesmo sem nenhum outro motivo de vaidade ou interesse, acham íntimo prazer
em espalhar alegria à sua volta e se podem alegrar com o contentamento dos
outros, enquanto este é obra sua. Eu afirmo porém que neste caso uma tal acção,
por conforme ao dever, por amável que ela seja, não tem contudo nenhum
verdadeiro valor moral, mas vai emparelhar com outras inclinações, por exemplo
o amor das honras que, quando por feliz acaso topa aquilo que efectivamente é
de interesse geral e conforme ao dever, é consequentemente honroso e merece
louvor e estímulo, mas não estima; pois à sua máxima falta o conteúdo moral que
manda que tais acções se pratiquem, não por inclinação, mas por dever.
(KANT, Immanuel. Fundamentação da
metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural,
1980. p. 113.)
Com base no texto e nos
conhecimentos sobre dever em Kant, é correto afirmar:
a) Ser compassivo é o que determina que uma
ação tenha valor moral.
b) Numa ação por dever, as inclinações estão
subordinadas ao princípio moral.
c) A ação por dever é determinada pela
simpatia para com os seres humanos.
d) O valor moral de uma ação é determinado
pela promoção da felicidade humana.
e) É no propósito visado que uma ação
praticada por dever tem seu valor moral.
3. Na Crítica da razão pura, Kant
vincula o sistema da moralidade à felicidade. Assinale a alternativa que
explica no que consiste a relação moralidade — subjetividade.
a) A esperança de ser feliz e a
aspiração por tornar-se feliz podem ser conhecidas pela razão prática, desde
que o fundamento da ação e a norma da conduta sejam a máxima do “não faça aos
outros aquilo que não queres que te façam”.
b) A convicção da felicidade humana
decorre da certeza de que todos os entes racionais comportam-se com a mais
rigorosa conformidade à lei moral, de maneira que cada um age orientado pela
sua vontade, ou seja, pela razão prática do arbítrio individual.
c) Quando a liberdade é dirigida
e restringida pelas leis morais, é possível pensar na felicidade universal,
pois a observância dos princípios morais pode proporcionar não só o bem estar
para si, como também ser o responsável pelo bem estar dos outros.
d) A felicidade implica na
transcendência do mundo moral, pois somente na esfera sensível é possível o
conhecimento pleno das ações humanas, já que somente nesse mundo sensível é
possível a conexão entre moralidade e felicidade.
4. “Quando a vontade é autônoma,
ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o
imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer
desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na medida em que sou autônomo,
legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional
autônomo legisla para si.” (WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de
Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41.)
Com base no texto e nos
conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes afirmativas:
I.- A vontade autônoma, ao seguir
sua própria lei, não segue a razão pura prática.
II-. Segundo o princípio da
autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer
como lei universal.
III-. Seguir os seus próprios
desejos e paixões é agir de acordo com o imperativo hipotético.
IV-. A autonomia compreende toda
escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do
desejo.
Estão corretas apenas as
afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) II e III.
e) II, III e IV.
5. (UEL) "Desde suas origens
entre os filósofos da antiga Grécia, a Ética é um tipo de saber normativo, isto
é, um saber que pretende orientar as ações dos seres humanos"
Fonte: CORTINA, A.; MARTÍNEZ, E.
Ética. Tradução de Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Edições Loyola, 2000, p.
9.
Com base no texto e na
compreensão da ética aristotélica, é correto afirmar que a ética:
A. Orienta-se pelo procedimento
formal de regras universalizáveis, como meio de verificar a correção ética das
normas de ação.
B. Adota a situação ideal de fala
como condição para a fixação de princípios éticos básicos, a partir da
negociação discursiva de regras a serem seguidas pelos envolvidos.
C. Pauta-se pela teleologia,
indicando que o bem supremo do homem consiste em atividades que lhe sejam
peculiares, buscando a sua realização de maneira excelente.
D. Contempla o hedonismo,
indicando que o bem supremo a ser alcançado pelo homem reside na felicidade e
esta consiste na realização plena dos prazeres.
E. Baseada no emotivismo, busca
justificar a atitude ou o juízo ético mediante o recurso dos próprios
sentimentos dos agentes, de forma a influir nas demais pessoas.
6. (UEL) Ora, nós chamamos aquilo
que deve ser buscado por si mesmo mais absoluto do que aquilo que merece ser
buscado com vistas em outra coisa, e aquilo que nunca é desejável no interesse
de outra coisa mais absoluto do que as coisas desejáveis tanto em si mesmas
como no interesse de uma terceira; por isso chamamos de absoluto e
incondicional aquilo que é sempre desejável em si mesmo e nunca no interesse de
outra coisa".
Fonte: ARISTÓTELES. Ética a
Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Nova
Cultural, 1987, 1097b, p. 15.
De acordo com o texto e os
conhecimentos sobre a ética de Aristóteles, assinale a alternativa correta:
a) Segundo Aristóteles, para
sermos felizes é suficiente sermos virtuosos.
b) Para Aristóteles, o prazer não
é um bem desejado por si mesmo, tampouco é um bem desejado no interesse de
outra coisa.
c) Para Aristóteles, as virtudes
não contam entre os bens desejados por si mesmos.
d) A felicidade é, para
Aristóteles, sempre desejável em si mesma e nunca no interesse de outra coisa.
e) De acordo com Aristóteles,
para sermos felizes não é necessário sermos virtuosos.
7. "E justiça é aquilo em
virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é
justo, e que distribui, seja entre si mesmo e um outro, seja entre dois outros,
não de maneira a dar mais do que convém a si mesmo e menos ao seu próximo (e
inversamente no relativo ao que não convém), mas de maneira a dar o que é igual
de acordo com a proporção; e da mesma forma quando se trata de distribuir entre
duas outras pessoas".
Fonte: ARISTÓTELES. Ética a
Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W.
D. Ross. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 89.
De acordo com o texto e os
conhecimentos sobre a justiça em Aristóteles, é correto afirmar:
a) É possível que um homem aja
injustamente sem ser injusto.
b) A justiça é uma virtude que
não pode ser considerada um meio-termo.
c) A justiça corretiva deve ser
feita de acordo com o mérito.
d) Os partidários da democracia
identificam o mérito com a excelência moral .
e) Os partidários da aristocracia
identificam o mérito com a riqueza.
8. Aristóteles, ao observar que
não existe um consenso a respeito do conceito de felicidade, identifica três
modos de vida. Cada modo de vida tem uma percepção distinta a respeito do que é
a felicidade. Quais são eles?
a) Vida ética, Vida política,
Vida prática;
b) Vida ética, Vida ativa; Vida
contemplativa;
c) Vida política; Vida guiada
pelo prazer; Vida contemplativa;
d) Nenhuma das alternativas
anteriores.
9. A respeito da ética
aristotélica, assinale a opção correta.
a) Para Aristóteles, é suficiente
que o homem busque o bem de modo universal, sem se preocupar com o modo como o
bem pode se dar na viabilidade da ação, que acontece a cada vez na
particularidade de cada situação.
b) Em uma perspectiva
aristotélica, a virtude da prudência é bastante significativa para reger a vida
prática do homem, pois ela possibilita descobrir o que pode conduzir o homem à
felicidade. É ela que decide sobre o que é ser valoroso e justo, tanto no nível
individual quanto no comunitário-social-político.
c) Para Aristóteles, agir é mais
importante que pensar. A vida prática, política, vale mais que a vida
teorética, dedicada ao pensamento, à busca da verdade por causa da própria
verdade.
d) Na concepção de Aristóteles, a
razão tem um significado apenas teorético, ela não tem um papel diretivo na vida
prática do homem.
e) Na ética aristotélica, as
paixões são necessariamente más e, para o homem conduzir uma vida racional, ele
deve anular a força das paixões em sua vida.
10. A felicidade é, portanto, a
melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não
devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais
nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que
amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades,
e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São
Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a
reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como:
A) busca por bens materiais e
títulos de nobreza.
B) plenitude espiritual e ascese
pessoal.
C) finalidade das ações e
condutas humanas.
D) conhecimento de verdades
imutáveis e perfeitas.
E) expressão do sucesso
individual e reconhecimento público.
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